segunda-feira, 27 de junho de 2011

BATISMO

VISÃO GERAL
Batismo é o anúncio público de uma experiência pessoal. É um ato cristão de obediência e um testemunho público do desejo do crente de se identificar com Cristo e segui-lo. Jesus nos deu seu exemplo e ordenou o ensino sobre o batismo. João Batista batizou Jesus no Rio Jordão, deixando-nos o exemplo para fazer o mesmo como uma afirmação pública da nossa fé. Da mesma forma, Jesus mandou que seus discípulos batizassem outros crentes (Mateus 28:19).
O batismo é um símbolo da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. É uma visão externa da mudança interna de uma pessoa. O crente deixa para trás a velha maneira de viver em troca de uma nova vida em Cristo. É símbolo de salvação - não um requisito para a vida eterna. Entretanto, como um ato de obediência, também não é opcional para os cristãos. O batismo indica nosso desejo de dizer à nossa igreja e ao mundo que estamos comprometidos com a pessoa de Jesus e seus ensinamentos.

O BATISMO DE JOÃO
Batismo significa mergulhar ou imergir. Um grupo de palavras diversas podem ser usadas para significar um rito religioso para um ritual de limpeza. No Novo Testamento, se tornou o rito de iniciação na comunidade cristã e era interpretado como morte e nascimento em Cristo.
João, o Batista, pregava o "batismo de arrependimento para o perdão dos pecados" (Lucas 3:3). Todos os evangelistas concordam sobre isso (Mateus 3:6-10; Marcos 1:4-5; Lucas 3:3-14). Reconhecemos o batismo como símbolo do nosso redirecionamento na vida. Nós nos arrependemos de nossa velha maneira de viver em pecado e desobediência. Mudamos a rota e damos uma nova partida.
As origens do batismo de João são difíceis de traçar. Possui semelhanças e diferenças em relação a obrigações e exigências feitas pelos judeus aos pagãos novos convertidos, tais como o estudo da Torá, circuncisão e o ritual do banho para expiar todas as impurezas do passado gentio.
A prática do batismo de João tinha os seguintes resultados:
1. Era intimamente relacionado com arrependimento radical, não somente dos judeus, mas também dos gentios.
2. Indicava claramente ser preparado para o Messias, que batizaria com o Espírito Santo e traria o batismo de fogo (Mateus 3:11).
3. Simbolizava purificação moral e assim preparava as pessoas para a vinda do reino de Deus (Mateus 3:2; Lucas 3:7-14).
4. A despeito da óbvia conexão entre o cerimonial de João e a igreja primitiva, o batismo realmente desapareceu do ministério direto de Jesus.
De início, Jesus permitiu que seus discípulos continuassem o ritual (João 3:22), porém mais tarde aparentemente ele descontinuou essa prática (João 4:1-3), provavelmente pelas seguintes razões:
1. A mensagem de João era funcional, enquanto a de Jesus era pessoal.
2. João antecipou a vinda do reino de Deus, enquanto Jesus anunciou que o Reino já havia chegado.
3. O rito de João era uma passagem intermediária até o ministério de Jesus.

O BATISMO DE JESUS
Este fato marcou o início do ministério de Jesus. Alguns estudiosos discutem o fato de João Batista, ter batizado Jesus. Entretanto, o propósito e significado do batismo de Jesus permanecem controversos. João Batista proclamava que o reino dos céus estava próximo e o que o povo de Deus deveria se preparar para a chegada do Senhor através da renovação da fé em Deus. Para João, isso significava arrependimento, confissão de pecados e prática do bem. Assim sendo, por que Jesus foi batizado? Se Jesus não era pecador, como o Novo Testamento proclama (II Coríntios 5:21; Hebreus 4:15; I Pedro 2:22), por que se submeteu ao batismo de arrependimento para perdão dos pecados? Os Evangelhos respondem.

O EVANGELHO DE MATEUS
O relato de Mateus sobre o batismo de Jesus é mais detalhado do que o de Marcos. Começa destacando a relutância de João Batista em batizar Jesus (Mateus 3:14), que foi persuadido somente depois de Jesus lhe ter explicado: "Deixa por enquanto, porque assim nos convém cumprir toda a justiça." (Mateus 3:15). Embora o significado pleno dessas palavras seja impreciso, elas pelo menos sugerem que o batismo de Jesus era necessário para cumprir a vontade de Deus.
Tanto no Velho como no Novo Testamento (Salmo 98:2-3; Romanos 1:17) a justiça de Deus é vista como a salvação Dele para o Seu povo. Por isso o Messias pode ser chamado de "O Senhor é nossa justiça" (Jeremias 23:6, Isaías 11:1-5). Jesus disse a João Batista que seu batismo era necessário para fazer a vontade de Deus em trazer a salvação sobre seu povo. Assim a declaração do Pai no batismo de Jesus é apresentada na forma de uma declaração pública. Enfatizava que Jesus era o servo ungido de Deus pronto para iniciar seu ministério, trazendo a salvação do Senhor.

O EVANGELHO DE MARCOS
Marcos apresenta o batismo de Jesus como uma preparação necessária para seu período de tentação e ministério. Em seu batismo Jesus recebeu a aprovação do Pai e a unção do Espírito Santo (Marcos 1:9-11). A ênfase de Marcos na relação especial de Jesus com o Pai, - "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo"(Marcos 1:11) - aproxima duas importantes referências do Velho Testamento. A messianidade de Jesus é apresentada de uma maneira totalmente nova, na qual o Messias reinante (Salmo 2:7) é também o Servo Sofredor do Senhor (Isaías 42:1). A crença popular judaica esperava um Messias reinante que estabeleceria o reino de Deus, não um Messias que sofreria pelo povo. No pensamento dos judeus a chegada do reino dos céus estava também associada com ouvir a voz de Deus e com a dádiva do Espírito de Deus.

O EVANGELHO DE LUCAS
Lucas menciona rapidamente o batismo de Jesus, colocando-o em paralelo ao batismo de outros que se referiram a João Batista (Lucas 3:21-22). Ao contrário de Mateus, Lucas coloca a genealogia de Jesus depois de seu batismo e antes do início de seu ministério. O paralelo com Moisés, cuja genealogia ocorre logo antes do início de seu trabalho (Êxodo 6:14-25), não é mera coincidência. Provavelmente pretendeu-se ilustrar o papel de Jesus ao trazer livramento (salvação) ao povo de Deus assim como Moisés fez no Velho Testamento. Em seu batismo, na descida do Espírito Santo sobre si, Jesus estava apto a desempenhar a missão para a qual Deus O havia chamado. Em seguida a sua tentação (Lucas 4:1-13), Jesus entrou na sinagoga e declarou que havia sido ungido pelo Espírito para proclamar as boas novas (Lucas 4:16-21). Que o Espírito se fez presente no Seu batismo para ungi-lo (Atos 10:37-38).
Em seu relato, Lucas tentou identificar Jesus com as pessoas comuns. Isso é visto no berço da história (com Jesus nascido num estábulo e visitado por humildes pastores, Lucas 2: 8-20) e através da genealogia (enfatizando a relação de Jesus com toda a humanidade, Lucas 3:38) logo depois do batismo. Assim, Lucas via o batismo como o primeiro passo de Jesus para se identificar com aqueles que Ele veio salvar. Somente alguém que era semelhante a nós poderia se colocar em nosso lugar como nosso substituto para ser punido com morte pelo pecado. Jesus se identificou conosco a fim de mostrar Seu amor por nós.
No Velho Testamento o Messias era sempre inseparável do povo que representava (veja Jeremias 30:21 e Ezequiel 45-46). Embora o "servo" em Isaías seja algumas vezes visto de maneira conjunta (Isaías 44:1) e outras vezes como indivíduo (Isaías 53:3), ele é sempre visto como o representante do povo de Deus (Isaías 49:5-26), assim como o servo do Senhor. Evidentemente Lucas, bem como Marcos e Mateus, estava tentando mostrar que Jesus, como representante divino do povo, tinha se identificado com ele no batismo.

O EVANGELHO DE JOÃO
O quarto Evangelho não diz que Jesus foi batizado, mas que João Batista viu o Espírito descendo sobre Jesus (João 1:32-34). O relato enfatiza que Jesus foi a João Batista durante seu ministério de pregação e batismo; João Batista reconheceu que Jesus era o Cristo, que o Espírito de Deus estava sobre Ele e que era o Filho de Deus. João Batista também reconheceu que Jesus, batizava com o Espírito Santo, ao contrário de si mesmo (João 1: 29-36). João Batista descreveu Jesus como o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29). O paralelo do Velho Testamento mais próximo desta afirmação se encontra na passagem do "servo do Senhor" (Isaías 53: 6-7). É possível que "Cordeiro de Deus" seja uma tradução alternativa da expressão aramaica "servo de Deus".
A idéia de Jesus como aquele que tira os pecados das pessoas é obviamente o foco do quarto Evangelho. Seu escritor sugere que João Batista entendeu que Jesus era o representante prometido e salvador do povo.

AS CONCLUSÕES DOS EVANGELHOS
Nos quatro Evangelhos está claro que o Espírito Santo veio sobre Jesus no seu batismo para capacitá-lo a fazer a obra de Deus. Os quatro escritores reconheceram que Jesus foi ungido por Deus para cumprir sua missão de trazer salvação ao mundo. Essas idéias são a chave para o entendimento do batismo de Jesus. Naquela ocasião no início de seu ministério, Deus ungiu Jesus com o Espírito Santo para ser o mediador entre Deus e o seu povo. No seu batismo Jesus foi identificado como aquele que carregaria os pecados das pessoas; Jesus foi batizado para se identificar com o povo pecador. Da mesma forma, nós somos batizados para nos identificarmos com o ato de obediência de Jesus. Seguimos seu exemplo fazendo uma pública confissão do nosso comprometimento com a vontade de Deus.

sábado, 30 de abril de 2011

inpacto

“Você já se perguntou o que marca o nosso tempo aqui? Se uma vida pode realmente ter um impacto no mundo? Ou se as escolhas que fazemos importam? Eu acredito que sim e acredito que um homem pode mudar muitas vidas para o melhor, ou para o pior.”

psicologia sosial compreendedo a solidão.

compreendendo a solidão

1.INTRODUÇÃO Á PSICOLOGIA SOCIAL

Nós, os seres humanos somos animais sociais. Vivemos em grupos, sociedades e culturas. Organizamos as nossas vidas em relação com outros seres humanos e somos influenciados pela história, pelas instituições e pelas actividades. Se há quem exalte ou quem condene a sociedade, não restam dúvidas de que os outros desempenham grande importância nas nossas vidas. No fundo, o estudo das pessoas enquanto animais sociais é o que a Psicologia Social aborda.


O seu domínio é geralmente apresentado como sendo novo, o que é correcto, na medida em que a Psicologia social contemporânea, tal como hoje a conhecemos, conta menos de cem anos. Em 1979 Cartwright avançou que 90% de todos os psicólogos sociais que tinha havido ainda estavam vivos. Muito provavelmente nos anos noventa essa percentagem ainda está certa. Contudo, muitos dos problemas com que actualmente se confrontam os psicólogos sociais são quase sempre aspectos universais do comportamento social. Uma viagem por avenidas da compreensão de tais comportamentos reveste-se de importância e fascínio.
O estudo do comportamento humano é encarado por outras disciplinas como seja a sociologia, a antropologia, a historia, a economia, as ciências politicas e a biologia. A focalização dos problemas e as metodologias utilizadas diferenciam as diversas ciências do comportamento. A Psicologia social é um domínio distinto na abordagem do comportamento humano, apesar de se basear em empréstimos e de aprender com as diversas ciências do comportamento.

1.1 Psicologia social : tentativa de definição

Definir formalmente a grande maioria dos domínios científicos é uma tarefa complexa. No caso vertente da psicologia social, as dificuldades amplificam-se devido a duas ordens de factores: a) diversidade de domínio e b) a sua rápida taxa de mudança. Tendo em conta que não se trata de uma ciência concreta e rigorosa, a sua definição torna-se mais difícil. Segundo Allport (a melhor definição até hoje encontrada) psicologia social designa-se como a ciência que tenta “compreender e explicar como os pensamentos, sentimentos e comportamento dos indivíduos são influenciados pela presença actual, imaginada ou implicada de outros”.

1.1.1 Tópicos da psicologia social

Uma outra maneira de responder á questão ‘O que é a psicologia social?” é descrever os tópicos que ocupam os psicólogos sociais. A psicologia social cobre um vasto domínio existindo muitos tópicos que são abarcados por ela. Agressão, atitudes, atração e afiliação, auto consciência, conformidade, dissonância, influência social, investigação intercultura, processos cognitivos, processos de grupo, e solidão são exemplos de tópicos desta área. A solidão é um tema que abordarei adiante. 
É necessário frisar que estes tópicos não têm carácter duradouro. Certos temas de investigação perduram enquanto outros cessam.

1.1.2 Relação com outros campos

A psicologia social mantém uma relação próxima com vários campos, em especial com a Sociologia e a Psicologia. Segundo Moscovici, a Psicologia Social distingue-se quer da Sociologia quer da Psicologia pela mesma característica. As duas últimas põem em relação um sujeito e um objecto, ao passo que na psicologia social a relação dual (sujeito-objecto), é substituído por uma relação ternária: sujeito individual (ego), sujeito social e o objecto (físico, social. Imaginário ou real).

A psicologia é o estudo científico do indivíduo e do comportamento individual. Muito embora este comportamento possa ser social, não o é necessariamente.
A sociologia é o estudo científico da sociedade humana. Os sociólogos analisam o comportamento humano num contexto mais amplo. Abordam tópicos tais como instituições sociais (família, religião, politica), estratificação dentro da sociedade (classes sociais, raça, papeis sexuais), etc.
A psicologia social surgiu, assim, para estabelecer uma ponte entre a psicologia e a sociologia.

1.2 Esboço histórico da psicóloga social


É difícil situar o nascimento da psicologia social, pois esta disciplina vai aparecer como resultado de um desenvolvimento progressivo. Sabe-se, contudo, que a Psicologia social resulta da confluência de duas correntes: corrente francesa e a corrente anglo-saxónica.

a) Corrente francesa
Comte (1798-1857), que inventou o termo “sociologia” e muito fez para situar as ciências sociais na família das ciências, foi o primeiro autor a ter concebido a ideia de uma psicologia social.

b) Corrente anglo-saxónica
Por outro lado, nos países anglo-saxónicos, e em particular, nos EUA foram editadas muitas obras que possibilitaram o progresso desta área. Refiro-me a livros como “Ètudes de Psychologie Sociale” de Gabriel Tarde (1843-1904) ou o manual de Edward Ross (1866-1951) tendo por titulo “Psicologia Social”.

Nos anos 60 o caimão da psicologia social expandiu-se de modo acentuado. Os psicólogos sociais fizeram incidir a sua atenção em áreas de investigação, tais como, como é que efectuamos julgamentos acerca do comportamento das pessoas, como negociamos e resolvemos conflitos, como fazemos amigos, etc. Apesar deste crescimento notório nos anos 60, surge a crise de confiança levando psicólogos sociais a enveredarem por debates de extrema vivacidade. È discutida a ética dos procedimentos utilizados na investigação, a validade dos resultados, e até que ponto é possível generalizar os resultados no tempo e no espaço.
Durante os anos 70, para além de se continuarem linhas de estudo dos temas anteriores, foram postos em cena novos tópicos e foram investigados com um enfoque novo e mais sofisticado. Entre os mais importantes, assinala-se a discriminação e a psicologia ambiental.
Nas últimas décadas tem-se também verificado um crescente interesse pela investigação aplicada. Hoje, muito psicólogos sociais concordariam com o lema de Lewin “o mundo é o meu laboratório”. Os psicólogos sociais estão-se também a tornar mais sensíveis ao impacto da cultura no comportamento social.
Com o aparecimento de novas tendências emergirão outros interesses de investigação e outras técnicas. Suceda o que suceder no campo da psicologia social, ela permanecerá activa na prossecução da sua contribuição para o bem-estar humano.

2. PSICOLOGIA SOCIAL: SOLIDÃO

É um erro defender que o significado da solidão é o mesmo para todas as pessoas. Á semelhança do amor, a solidão é um conceito vago, revestindo-se de muitos significados. Apesar de diversas definições tenham tido um grande impacto no desenvolvimento teórico e na estimulação do trabalho empírico (trabalho proveniente da experiência), não há uma definição que seja universalmente aceite pelos especialistas. Essas diferentes definições são o reflexo de diferentes orientações teóricas que se relacionam com alguns aspectos importantes no modo de contextualizarmos a solidão. 
Nas definições apresentadas há um acordo em três aspectos gerais:

• A solidão é uma experiência subjectiva que pode não estar relacionada com o isolamento objectivo;
• Esta experiência subjectiva é psicologicamente desagradável para o indivíduo;
• A solidão resulta de alguma forma de relacionamento deficiente.

A solidão não é muito simplisticamente o que se sente quando se está sozinho. Se podemos sentir a solidão quando estamos sozinhos no caso de querermos estar com alguém, também se pode sentir quando estamos com outras pessoas, caso desejássemos antes estar com mais alguém. O âmago da solidão é a insatisfação em relação ao nosso relacionamento social. Se bem que a solidão possa por vezes atingir proporções psicopatológias, a população em geral é sobretudo atingida por amplitudes “normais” de solidão.

2.1 Mas o que é a solidão?




Sullivan (1953) «A solidão...é a experiência excessivamente desagradável e motriz ligada a uma descarga desadequada da necessidade de intimidade humana, de intimidade interpessoal.»
Lopata (1969) «A solidão é um sentimento sentido por uma pessoa… (experienciando) um desejo por uma forma ou um nível de interacção diferente do que se experiência no presente.»
Weiss (1973) «A solidão é causada não por se estar só, mas por se estar sem alguma relação precisa de que se sente a necessidade ou conjunto de relações… A solidão aparece sempre como sendo uma resposta à ausência de algum tipo particular de relação ou, mais precisamente, uma resposta à ausência de alguma provisão relacional particular.»

Perlman e Peplau (1981) «A solidão é uma experiência desagradável, que ocorre quando a rede de relações sociais de uma pessoa é deficiente nalgum aspecto importante, quer quantitativamente quer qualitativamente.»

Rook (1984) «Uma condição estável de mal-estar emocional que surge quando uma pessoa se sente afastada, incompreendida, ou rejeitada pelas outras pessoas e/ou lhe faltam parceiros sociais apropriados para as actividades desejadas, em particular actividades que lhe propiciam uma fonte de integração social e oportunidades para intimidade emocional.»

2.2 O que se sente quando se está só?

Quando uma pessoa se sente sozinha, experiência angústia, insatisfação e exclusão. Tal não significa que sintamos a solidão sempre do mesmo modo, pois diferentes pessoas, perante situações distintas, podem vivenciar sentimentos de solidão desiguais. Um estudo que foi efectuado com pessoas viúvas permite ilustrar a abundância de sentimentos que acompanham a experiência de solidão. Para essas senhoras a solidão significa um ou mais dos seguintes sentimentos:
o Desejar estar com o marido
o Querer ser amada por alguém
o Querer amar e tratar de alguém
o Querer partilhar experiências quotidianas com alguém
o Querer ter alguém por casa
o Precisar de alguém para partilhar o trabalho
o Desejo de uma forma prévia de vida
o Experienciar falta de estatuto
o Temer a sua incapacidade para fazer novos amigos

Vê-se, pois, que a solidão inclui desejo do passado, frustração com o presente e medos acerca do futuro. Mesmo que não experienciaram a perda do marido, a solidão pode aparecer associada a uma vasta gama de sentimentos. Rubenstein e Shaver, a partir de um inquérito efectuado na população em geral, encontram quatro conjuntos de sentimentos que as pessoas dizem ter quando estão sós:desespero, depressão, aborrecimento impaciente e autodepreciação (auto desvalorização).

2.3 Quais os grupos mais vulneráveis á solidão?

De facto, há certos grupos de pessoas que são mais vulneráveis à solidão que outras. Procurei saber as características demográficas identificáveis com a idade, o sexo, o estado civil e outras características. 

Idade



Existe na nossa cultura o estereótipo de que as pessoas idosas são pessoas solitárias. As pessoas jovens e as pessoas idosas concordam em que são as idosas as que mais se sentem sós. Este estereótipo não se confirma, todavia, quando as pessoas revelam a sua própria experiência de solidão. A tendência geral que se encontra é para a solidão diminuir com a idade, obtendo as pessoas mais idosas pontuações mais baixas de solidão. Rubenstein, Shaver e Peplau (1979) encontraram as pontuações mais elevadas na solidão na faixa etária dos 18-25 anos e mais baixa após os 70 anos. Parlee (1979) encontrou que 79% dos sujeitos com menos de 18 anos diziam sentir-se sós algumas vezes ou muitas vezes comparados com 53% dos 45 aos 54 anos e 37% das pessoas com mais de 54 anos.

Muito embora a associação entre a juventude e a solidão faça com que o estereótipo de que as pessoas idosas sejam as que mais sofrem da solidão, as razões da sua diminuição ao longo do ciclo vital ainda não estão bem compreendidas. Em parte pode acontecer que os jovens queiram falar mais dos seus sentimentos e conhecimento da solidão que as pessoas idosas. Também é verdade que os jovens encontram muitas transições sociais, tais como deixar a casa dos pais e viver na sua própria casa, entrando na faculdade, obtenção de um primeiro emprego, todas elas podendo causar a solidão. À medida que as pessoas vão avançado na idade, as suas vidas sociais podem se tornar estáveis. A idade pode também acarretar maiores habilidades sociais e expectativas mais realistas acerca das relações sociais. 

Sexo

Na adaptação feita para a população portuguesa da escala de solidão de UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) não se encontram diferenças nas pontuações de solidão segundo sexos, o que pode parecer um resultado paradoxal. È frequentemente assumido que as mulheres, em comparação com os homens, são mais emotivas e apresentam maiores taxas de certas doenças mentais. Seria de esperar, tendo em conta a tendência geral para reacções emocionais negativas serem mais usuais nas mulheres, que estas sentissem mais frequentemente a solidão que os homens. Contudo, os estudos efectuados sobre a solidão não são concludentes sobre as diferenças sexuais na solidão. Por um lado, no estudo de validação da Escala se Solidão da UCLA os autores não encontram diferenças segundo o sexo. Por outro lado, Weiss (1973) assinala, através do recurso ao inquérito, que as mulheres estão mais inclinadas a sentir-se sós do que os homens. Esta diferença de resultados pode provavelmente ser atribuída à medida utilizada. Globalmente os estudos que utilizam a escala da UCLA, e foi no caso, não acharam diferenças. Esta escala não questiona directamente os sujeitos sobre se sentem sós, mas procuram avaliar a solidão indirectamente. A natureza indirecta desta escala permite que os homens expressam muito presumivelmente a sua solidão subjacente de modo mais livre que os estudos de inquérito em que se recorre a questões directas. Quando se recorre à avaliação directa, como é o caso das alegações em inquéritos, diferenças segundo o sexo tendem a emergir, as mulheres assinalando mais frequentemente a solidão do que os homens. Entre as explicações possíveis para os homens auto-censurarem a expressão da solidão põe-se invocar a influência social. A reticência dos homens em assinalarem a solidão esta em consonância com os estereótipos sexuais. Segundo estes estereótipos não se espera que os homens exprimam as suas “fraquezas” emocionais. 
Estado civil

As pessoas que não estão casadas sofrem mais da solidão que as casadas. Todavia, num estudo, quando se subdividia o grupo das pessoas não casadas, a solidão era maior nas pessoas viúvas e divorciadas que nas solteiras. Os valores destas não diferem das pessoas casadas. A solidão parece, pois, ser determinada pela perca de uma relação conjugal que pela sua ausência.

Outras características

A solidão é mais habitual entre as pessoas pobres que entre as ricas. Boas relações podem manter-se mais facilmente quando as pessoas têm tempo e dinheiro para actividades de lazer. Contudo em Portugal não se encontram diferenças na solidão entre jovens de níveis sócio-culturais dissemelhantes. No inquérito de Rubenstein e Shaver não aparecem diferenças na solidão entre pessoas que residem em zonas rurais e as que residem em zonas urbanas. Além disso as pessoas que mudaram de residênciaum certo numero de vezes não manifestaram solidão do que aquelas que só mudaram raramente. No entanto, Rubenstein e Shaver descobriram que as pessoas cujos pais eram divorciados sentiam-se mais solitárias que as pessoas cujos pais não tinham divorciado. Os sujeitos cujos pais divorciaram antes dos 18 anos sentiam-se mais sós na idade adulta, e muito especialmente se o divórcio ocorreu antes do sujeito ter 6 anos. Surpreendentemente a morte de um dos pais durante a infância não tem efeito duradoiro.

2.4 O que fazem as pessoas quando se sentem sós?
Ao nível mais básico as pessoas diferem da facilidade em reconhecer ou admitir a solidão. O temor de estigma, por exemplo, pode levar algumas pessoas sós a evitar a etiqueta «só» mesmo quando procuraram ajuda profissional. Fromm-Reichmann sugeriu que não parece ser fácil falar mesmo de estados benignos de solidão. Algumas pessoas podem proteger-se do sofrimento da solidão negando a sua experiência. Alguns autores chama a atenção que os clínicos devem estar preparados para inferir a presença da solidão em clientes que são relutantes em admiti-la ou que a experienciam ao nível inconsciente. 
Para além de diferenças em querer conhecer a sua solidão, as pessoas podem também diferir nas acções específicas que realizam para se confrontar com a solidão. Num inquérito de Rubenstein e Shaver as quatro respostas mais comuns ao que faziam as pessoas quando se sentiam sós foram: ver televisão (60%), ouvir música (57%), chamar um amigo (55%) e ler (50%).

Num estudo semelhante com estudantes universitários, Paloutzian e Ellison (1979) encontraram várias estratégias de confronto associadas á solidão:
1. Respostas orientadas sexualmente (e.g. beber, drogar-se, encontros sexuais);
2. Respostas religiosas (e.g. rezar, ler a bíblia);
3. Respostas de procura (e.g. ir dançar, conduzir);
4. Diversões não sociais (e.g. ocupar-se, ler, estudar, trabalho);
5. Contacto íntimo (e.g. falar com um amigo íntimo sobre os seus sentimentos; passar o tempo com um amigo íntimo só para estar junto dele);
6. Passividade (e.g. dormir).

Além disso esses investigadores encontraram que os estudantes que avaliavam as suas habilidades sociais de modo mais positivo referiam ser menos provável enveredar por actividades sensuais ou de diversão quando sós e ser um pouco mais provável entregarem-se a actividades com cariz intimo e religioso. Os sujeitos que percepcionam as suas habilidades sociais de modo mais positivos viam também as reacções sensuais e de diversão como sendo menos eficazes para reduzir os sentimentos de solidão e as reacções de contacto intimo como as mais eficazes.

2.5 Quebrar as barreiras do isolamento social

A solidão subestima a importância das outras pessoas nas nossas vidas. Enquanto animais sociais dependemos das outras pessoas para a satisfação de inúmeras necessidades psicológicas. No caso dessas necessidades não serem preenchidas por falta de pessoas com que se tenha relacionamentos animais ou amorosos, podemos não experienciar todo um rosário negativo de consequências psicológicas e físicas. Estudos da solidão também menosprezam a nossa resiliência (capacidade de um ser humano sobreviver a um trauma). Mesmo se podemos recorrer à ajuda profissional para os nossos problemas, na maioria dos casos podemos usar os nossos próprios recursos para tratar o problema. Se as dificuldades nas nossas relações podem despoletar a nossa solidão, as nossas relações também podem proporcionar a cura.
È necessário, contudo, um grande esforço para melhorar as nossas interacções com os outros para ultrapassar a solidão. As pessoas sós tendem a ficar absorvidas pelas suas profissões ou a voltar-se para o álcool e para as drogas. Algumas pessoas recorrem á música para substituir as relações interpessoais, mas canções de separação, de ausência de amor e de tristeza podem aumentar a solidão. Dado que estas estratégias de confronto podem muitas vezes piorar a situação, duas técnicas que têm sido utilizadas com sucesso, e muitas vezes em conjunto, são a terapia cognitiva e o treino das habilidades sociais.
Os auto-esquemas das pessoas sós suscitam uma atenção selectiva a informação negativa sobre nós próprios (as), confirmando ou fortalecendo, pois, um autoconceito negativo. A terapia cognitiva visa modificar essas cognições. Por exemplo, se uma pessoa se percepciona como sendo enfadonha, o terapeuta pode convence-la que se trata de uma autopercepção incorrecta ou ajudá-la a corrigir essa falsa crença. Tais mudanças de cognições têm de se acompanhar de mudanças comportamentais, as pessoas que sentem solidão não só têm falta de habilidades sociais apropriadas, como também se sentem ansiosas por não possuírem essas habilidades. Uma forma de treino de habilidades sociais é expor as pessoas sós que desempenham papéis com sucesso do posto de vista interpessoal e vídeo. A pessoa pode também praticar habilidades sócias numa situação não ameaçadora a ver s resultados em vídeo. Interacções especificas, tais como iniciar uma conversa podem ser prescritas e ensaiadas.

2.6 Crónica


06/06/2005 
Tormento da solidão
Por Pedro J. Bondaczuk


"A solidão é e sempre foi a experiência central e inevitável de cada ser humano". Essa afirmação não é da minha autoria, mas do escritor Thomas Wolfe.

Há pessoas que juram que nunca se sentiram sozinhas. Claro que mentem! Garantem que contam até com excesso de companhia para o seu gosto. Inventam, como suposta prova de superpopulação nas suas vidas, uma multidão de parentes e amigos, que nunca os deixariam ficar sós. A solidão a que Wolfe se refere não é a da ausência dos outros ao nosso redor. É mais profunda, e, portanto, mais trágica, posto que difícil (senão impossível) de suprir ou mesmo de remediar. É a caracterizada pela carência de comunicação. Não aquela superficial, dos gestos ensaiados e das palavras ditadas pelas convenções, mas a real, a verdadeira, a genuína: a dos nossos mais recônditos sentimentos e inconfessáveis inquietações. Para que esta se concretize, faltam palavras e símbolos.
Esses tormentos, os da incomunicabilidade e da incompreensão, temos que suportar sozinhos, sem podermos compartilhar, sequer (e muitas vezes principalmente), com aqueles a quem mais amamos e em quem depositamos irrestrita confiança. O principal motivo é que nossas emoções são tão complexas e individuais, que não conseguimos nem mesmo verbalizar o seu conteúdo. Temos só uma vaga e truncada intuição acerca da sua natureza e extensão. Como queremos que os outros compreendam um sentimento que temos, de facto, mas que não entendemos o que é e nem sabemos definir como se manifesta?

Aliás, a rigor, sequer conhecemos, com razoável aproximação, "o que" sentimos ou "o que " nos inquieta. É uma sensação vaga, imprecisa, intermitente e por isso irremediável. A nossa busca pela razão está apenas no princípio, embora, de maneira arrogante, achemos que somos sumidades de racionalidade.

A pior das solidões é a que sentimos quando acompanhados, no meio de uma multidão. Não se trata de uma questão quantitativa, mas de compreendermos os outros e nos fazermos compreendidos por eles. Maridos e mulheres, pais e filhos, irmãos, parentes de quaisquer graus ou amigos, por mais íntimos que sejam, por maior afinidade que tenham connosco ou por mais que necessitemos de suas presenças, jamais nos completam. A maioria dos sentimentos, das emoções, dos medos e das inquietações têm que suportar de forma absolutamente solitária.

Quanto mais racionais nos tornamos, mais temos que aprender, e nos acostumar, a conviver com a solidão. A nossa evolução não é acompanhada, necessariamente, pela dos que nos rodeiam. Estes, muitas vezes, até se afastam, o que é mais comum do que se pensa. Entregam-se a superstições, escondem-se no álcool, nas drogas, ou em diversões baratas e banais, que não passam de perda de tempo, evitando o incómodo encontro consigo próprias, numa tentativa desesperada (e inútil) de preencher esse vazio na alma que sentem, mas não sabem definir. Não suportam encarar suas fraquezas, patifarias e defeitos.

No silêncio do meu quarto, às voltas com minhas indefiníveis inquietações, pensando nas pessoas que sofrem de males mais palpáveis e concretos do que os da solidão, como fome, frio, dores provocados por doenças incuráveis e pelos maus tratos recebidos da vida, carentes de absolutamente tudo e muitas vezes ansiando, desesperadas, por alguém que somente as ouça, as valorize e as trate uma única vez com dignidade e respeito, faço, ansioso por uma resposta que sei de antemão que não terei, a mesma pergunta que o compositor Paul McCartney fez, na inspirada letra da canção "Eleanor Rigby", sucesso dos Beatles: "Haverá um lugar especial para os solitários?" Ou, para ser mais preciso em relação aos meus anseios, indago: "Haverá um lugar especial onde possamos estabelecer comunicação total com os semelhantes, sem precisar de palavras?" Fica a pergunta no ar...Mas acredito que não!

3. CONCLUSÃO

Platão fala de «hermafrodite», um ser mítico que habitou a terra antes de haver homens e mulheres. Esta criatura tinha características humanas, mas continham ambos os sexos num corpo. Dado ser completo em si mesmo, era tão poderoso que rivalizava os deuses. Por isso Zeus tomou um dos seus raios e dividiu a hermafrodite em dois sexos. Desde esse tempo, segundo o mito, homens e mulheres foram forçados a procurar-se um ao outro e a juntar-se para ultrapassar a sua imperfeição. 
O mito da hermafrodite é uma tentativa poética em relação á necessidade de contacto humano que estudarei adiante. Dado que “nenhum homem é uma ilha intacta” como escreveu o poeta John Donne, não encontramos o nosso sentido para a vida sós. Pelo contrário, encontramos o nosso sentido da vida na relação com outras pessoas, membros da família, amigos, namorados.

A solidão constitui um lado perturbante da atracção. Trata-se de uma experiência dolorosa que se tem quando as nossas relações sociais não são adequadas. Esta é experienciada pelo ser humano em qualquer que seja o lugar que habite. É porventura difícil imaginar uma pessoa que não se tenha sentido sozinha alguma vez na sua existência.

                                                                        por: dennys brito






terça-feira, 26 de abril de 2011

Temperamentos Humanos

I. INTRODUÇÃO
A Psicologia tem estudado o comportamento humano e tentado compreendê-lo para auxiliar pedagogia, o autoconhecimento e a cura dos distúrbios da mente humana. Muitas teorias tem-se sucedido muitas vezes se completando, outras vezes eliminando crenças tidas como verdades até então.

Hoje é aceito o conceito de que há uma parte da personalidade humana que é genética, ou seja, já nasce conosco e outra parte é moldada a partir de nossa interação com o meio em que vivemos, por meio de nossas experiências de vida, relacionamentos e traumas.

A teoria dos Temperamentos trata da parte genética da nossa personalidade. Outras teorias como a da Caracterológica tem o mesmo objetivo, apenas criando uma terminologia específica uma forma de análise um pouco mais complexa.

A Teoria dos Temperamentos se baseia na estrutura de quatro temperamentos básicos com suas características particulares e cujos nomes não devem ser associados ao significado pejorativo muitas vezes atribuído às pessoas que conhecemos. Alguns pontos importantes devem ser levados em consideração antes de iniciarmos a descrição dos temperamentos:

Os temperamentos não são maus ou bons. Todo tem seus lados positivos e negativos como é natural em qualquer ser humano.

. A Teoria dos Temperamentos é um modelo científico que tenta nos ajudar a conhecermo-nos melhor, não havendo ninguém que seja exclusivamente de um ou outro temperamento. É bastante comum termos um temperamento dominante e um secundário

. Durante a nossa vida, devido às nossas experiências, traumas e necessidades, certas características de nossos temperamentos podem se sobressair e outras se ocultarem o que não significa dupla personalidade ou fingimento.

. O correto desenvolvimento de uma pessoa deve passar pelo aperfeiçoamento das características positivas de seu temperamento e a luta constante por vencer seus pontos fracos.

II. Consideremos os quatro temperamentos na seguinte ordem:
II. 1. Melancólico
II. 2. Fleumático
II. 3. Colérico
II. 4. Sanguíneo

II. 1. MELANCÓLICO
O Melancólico é voltado para si mesmo, e, às vezes, pensamos nele como o que possui o temperamento "sofredor", pois é muito exigente consigo mesmo, através de uma constante autoanálise. Ele é uma pessoa naturalmente sombria, tristonho e pessimista, entretanto é muito bem dotado e com tendências para gênio. Um exemplo de melancólico típico é os cantores compositores João Gilberto, introspectivo, detalhista e perfeccionista. Características muito valorizadas pela Bossa Nova.

1.1. Ocupações e passatempos
. Artista
. Músico
. Contador
. Arquiteto
. Espectador em eventos esportivos.
. Educador (Matemática, Ciências e línguas)
. Decorador
. Desenhista
. Escritor
. Artes manuais.
. Poesia (escreve ou aprecia)

1.2. Emoções
1.2.a. Pontos positivos:
. Ama a música e as artes
. Natureza rica e sensível
. Capacidade analítica
. Reage fortemente à emoção
. Pensador profundo, dado à reflexão

1.2.b. Pontos negativos:
. Depressivo e triste
. Pessimista; está sempre olhando o lado negativo das coisas
. Gosta de sofrer- mártir
. Hipocondríaco
. Introspectivo ao ponto de prejudicar-se
. Orgulhoso

1.3.Relacionamento com outros
1.3.a. Pontos positivos:
. Amigo em quem se pode confiar
. Amigo ao ponto do auto sacrifício
. Faz amigos cautelosamente
. Tem profunda afeição pelos amigos

1.3.b. Pontos negativos:
. Critica os defeitos dos outros
. Busca sempre a perfeição e julga tudo de acordo com seus ideais
. Temeroso do que outros pensam dele; desconfia de todos
. Pode ter um violento acesso de cólera, após um prolongado período de animosidade.
. Muitas vezes sente-se ferido profundamente Pode conservar uma mágoa e ser vingativo.
. Desgosta daqueles que se lhe opõem.
. É de difícil convivência.

1.4. Atividades
1.4.a. Pontos positivos:
. Fortes tendências para o perfeccionismo - gosta de trabalho analítico e detalhado
. Tem autodisciplina. Sempre leva a cabo o que começa
. Grande pendor para o trabalho intelectual e criativo
. Consciencioso ao ponto de observar minúcias
. Bem dotado, com tendências para gênio
. Conhece suas próprias limitações

1.4.b. Pontos negativos:
. Indeciso
. Muito teórico, e pouco prático
. Cansa-se facilmente
. Hesita muito para iniciar novas empreitadas
. Analisa exageradamente, o que a leva a desencorajar-se
. Sua ocupação na vida tem que exigir o máximo de sacrifício, abnegação e serviço
. Fica deprimido com suas criações

II.2. FLEUMÁTICO
O Fleumático é super introvertido, e tem uma tranquilidade singular que lhe confere um temperamento de fácil relacionamento, manso e bem equilibrado. Ele é teimoso e indeciso, e resigna-se ao destino que se lhe apresentar. São exemplos de fleumáticos aqueles músicos que tocam contrabaixo em bandas de Jazz ou Rock e que independente do ritmo da música
Mantém sua postura impassível e tranquila. Ou mesmo certos goleiros de futebol que a partida pode estar pegando fogo e ele não muda sua expressão como se nada estivesse ocorrendo.

2.1. Ocupações e passatempos
. Bom pai (mãe)
. Contador
. Conselheiro
. Professor
. Artes manuais
. Relutante como líder
. Administrador
. Espectador de eventos esportivos.

2.2. Emoções
2.2.a. Pontos positivos:
. Calmo e digno de toda confiança
. Boa índole, e de fácil convivência
. Alegre e agradável apesar de nunca ter muita coisa a dizer
. Bom coração
. Pacifista.
. Tem muito senso de justiça própria

2.2.b. Pontos negativos:
. Falta-lhe autoconfiança
. Pessimista e temeroso - preocupa-se excessivamente
. Raramente dá gargalhadas
. Passivo e indiferente
. Contemporiza

2.3. Relacionamento com outros
2.3.a. Pontos positivos:
. É de agradável convivência
. Tem muitos amigos
. Tem senso de humor
. Exerce uma influência conciliatória sobre os outros
. Constante e fiel
. Diplomata e pacifista
. Bom ouvinte
. Amigo fiel
. Dá conselho somente quando solicitado

2.3.b. Pontos negativos:
. Não gosta de envolver-se com os outros
. Egoísta e mesquinho
. Examina as pessoas com indiferença não tem muito entusiasmo
. Teimoso
. Indiferente com relação a outros
. Zomba abertamente daqueles que o aborrecem
. Não é muito cordial
. Tem uma atitude de superioridade

2.4. Atividades
2.4.a. Pontos positivos:
. Trabalha bem, mesmo sobre grande tensão
. Acha sempre os meios mais fáceis e práticos de fazer as coisas
. É conservador
. Eficiente e caprichoso
. Planeja o trabalho antes de executá-lo
. Tem influência estabilizadora
. Seu trabalho é digno de confiança

2.4.b. Pontos negativos:
. É um espectador da vida, calmo, sereno, sem envolver-se
. É lento e preguiçoso
. Não gosta de liderar
. Não tem motivação
. É indeciso
. Protege-se demasiadamente contra envolvimentos emocional
. Desencoraja outros
. Opõe-se a mudanças de qualquer tipo

II. 3. O COLÉRICO
O colérico é extrovertido, e também, provavelmente é o que mais produz; isso lhe dá o direito de ser chamado o temperamento mais ativo. Ele é autoconfiante e possui vontade forte. É o tipo de pessoa que resolve as coisas, que transforma ideias em fatos reais.

3.1. Ocupações e passatempos
. Forte espírito de liderança
. Segue uma carreira profissional
. Líder de grupos
. Bom anfitrião
. Participa de competições esportivas
. Presidente de associações de Pais e Mestres
. Administrador
. Professor (Segundo grau)
. Líder de movimentos pioneiros
. Alto funcionário de banco

3.2. Emoções
3.2.a. Pontos positivos:
. Autoconfiante e firme ao tomar uma decisão
. Vontade e determinações fortes
. Otimista
. Autossuficiente
. Destemido e corajoso

3.2.b. Pontos negativos:
. Tem acessos de cólera violenta
. Fortemente obstinado
. Insensível aos problemas dos outros
. Frio e sem sentimentos
. Tem pouca apreciação da estética
. Insensível e duro
. Impetuoso e violento
. Irrita-se com lágrimas

3.3. Relacionamento com outros
3.3.a. Pontos positivos:
. Não aceita que outra pessoa possa fazer o que ele não pode
. Não se desanima facilmente
. Tem força de liderança
. É bom julgador das pessoas
. Bom incentivador
. Sabe exortar bem
. Nunca é intimidado pelas circunstâncias

3.3.b. Pontos negativos:
. Incompassivo.
. Toma decisões para os outros
. Cruel, áspero e sarcástico
. Tende a dominar o grupo de que participa
. Arrogante e mandão
. Usa as pessoas para seu benefício próprio
. Inclemente e vingativo
. Tem tendência para ser intolerante
. É orgulhoso e dominador

3.4. Atividades
3.4.a. Pontos positivos:
. Sabe organizar e promover eventos
. É resoluto e possui habilidade intuitiva para tomar decisões
. É rápido e eficiente em emergências
. Tem raciocínio rápido e mente atilada
. Possui grande capacidade de ação
. Não hesita
. É muito prático
. Incentiva outros à ação
. Desenvolve-se quando sofre oposição
. Estabelece alvos e os alcança

3.4.b. Pontos negativos:
. Sofre de excesso de autoconfiança
. É ardiloso
. Preconceituoso
. Obstinado
. Aborrece-se com detalhes
. Não tem capacidade de análise
. Força os outros a concordar com seu plano de trabalho
. Cansativo e difícil de satisfazer-se
. Tem tempo apenas para seus próprios planos e interesses

II.4. SANGUÍNEO
O Sanguíneo é uma pessoa jovial, com seu espírito descontraído e com seu encanto pode ser, com toda a razão, chamado de o temperamento que "aproveita" a vida. Ele tem uma personalidade calorosa, vivaz e, corretamente, às vezes o chamam de "alma da festa". É o tipo de pessoa que costumamos encontrar que em qualquer reunião toma conta das conversas. Se há um grupo de pessoas reunidas e rindo, com certeza tem um sanguíneo falando.

4.1. Ocupações e passatempos
. Ator
. Orador
. Vendedor
. Gosta de visitar e cuidar de doentes
. Trabalhador voluntário
. Pai (Mãe) amoroso
. Líder
. Hospitaleiro
. Participa de eventos esportivos

4.2. Emoções
4.2.a. Pontos positivos:
. Afável e vivaz
. Conversa bastante - nunca lhe falta assunto
. Despreocupado - nunca se preocupa com o futuro nem se aborrece com o passado
. Sabe narrar histórias
. Vive no presente
. Sua conversa é contagiante
. Possui uma grande capacidade de desfrutar a vida

4.2.b. Pontos negativos:
. Chora com facilidade
. Emocionalmente imprevisível
. Irrequieto.
. Cólera espontânea
. Exagera a verdade
. Parece falso
. Não possui autocontrole
. Toma decisões ao sabor da emoção - compra impulsivamente
. É ingênuo e infantil
. Age impetuosamente

4.3. Relacionamento com outros
4.3.a. Pontos positivos:
. Faz amigos facilmente
. É interessado por todos
. É agradável e otimista
. Sempre amável e sorridente
. É terno e compassivo
. Sua conversa é cheia de calor humano
. Participa das alegrias e tristezas de outros

4.3.b. Pontos negativos:
. Domina a conversa
. Não presta atenção aos outros
. Tem vontade fraca e pouca convicção
. Está sempre buscando a confiança e a aprovação dos outros
. Gosta das pessoas, mas depois as esquece
. Sempre arranja desculpas para suas negligências
. Fala demasiadamente acerca de si mesmo
. Esquece compromissos e obrigações

4.4. Atividades
4.4.a. Pontos positivos:
. Dá uma boa impressão, a princípio.
. Nunca se entedia, pois vive no presente
. É bem dotado
. Facilmente se envolve em planos e projetos novos
. Cria entusiasmo nos outros

4.4.b. Pontos negativos:
. Completamente desorganizado
. Não se pode confiar nele
. Está sempre atrasado
. Não tem autodisciplina
. Perde tempo conversando, quando deveria estar trabalhando
. Tem muitos projetos não terminados
. É facilmente desviado de seus objetivos
. Quase nunca atinge seus objetivos

III. Deus nos usa como somos. Por exemplo:
O apóstolo Pedro era sanguíneo. O sanguíneo tem o “sangue quente”. “As falhas de Pedro estavam justamente no calor do seu coração”. Ele exibia calor, intensivamente em suas emoções e ação dinâmica. Ninguém foi tão falante, tão vibrante e tão decisivo como Pedro. Amava ao Senhor intensamente e era o seu companheiro de todas a horas, Mt.17:1,Jo.21:17. Demonstrava publicamente as suas emoções para com o Senhor, Lc.5:1-11;Jo.6:69. Era desinibido e sincero, Lc.5:8. Comunicativo, sempre respondia com entusiasmo às emoções do seu coração, Mt.14:28-29; Jo.18:10; Submetendo suas fraquezas ao Senhor e cheio do Espírito Santo, Deus o fortaleceu, 1Pe.5:10. Através do livro de Atos podemos ver que seus defeitos foram sobrepujados pelas qualidades, que se realçam em poder nas palavras, 1 Pe.2:14-40; constância, 1Pe.3:1; coragem, 1Pe.4:13; sabedoria, 1Pe.4:19-20;alegria, 1Pe.5:41; humildade, 1Pe.10:25-26; amor, 1Pe.10:21-28, amabilidade, 1Pe.11:4; fé,1Pe.12:6; paciência. 1Pe.12:16 e liderança 1Pe.15:7.
Moisés era melancólico. Muitos personagens da Bíblia demonstraram possuí-lo, mas o mais destacado foi Moisés. Moisés era talentoso At.7:22; abnegado, Hb.11:23-27;perfeccionista (Deus usou essa qualidade para lhe dar os detalhes da Lei, da justiça divina e do Tabernáculo); leal (os livros da Lei, revelam isso) e extremamente dedicado, Ex.32:31- 32.

Mas sofria de um complexo de inferioridade que trazia à tona todas as fraquezas do melancólico, Ex. 3:11-13; Ex. 4:1,3,10,13. Muitas vezes se deixava dominar pela ira, Nm.20:9-12 e pela depressão, Nm.11:11-15.O seu encontro com o Senhor no Monte Horebe e a frequente busca da sua face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder destemido, e tornou-se “o homem mais manso da Terra”, Nm.12:3. Suas qualidades se destacaram e foi o grande legislador de Israel.
Paulo era colérico. A principal qualidade do colérico é a força de vontade, que faz dele uma pessoal enérgica, eficiente, resoluta, e um líder cheio de audácia e otimismo. Paulo foi um portador desse temperamento notável, o livro de Atos e suas cartas no-lo revelam. Exemplos: Gl.1:10; Fp.3:10-14; Gl.1:15-18; At.14:19-24. Apesar deste caráter ativo, prático, dinâmico e corajoso, Paulo antes de conhecer a Jesus e receber o Espírito Santo, demonstrou-se um homem cruel, zangado, hostil e amargurado, At.9:1; insensível, At.7:58-59;astucioso e prepotente, At.9:2. Ele testificou de si mesmo, o que vemos em 1Tm.1:12-16.Porem, o enchimento diário do Espírito Santo, a entrega de suas falhas a Deus, 2Co.12:7-10,fizeram dele um líder apto a escrever Gl.5:16-22. Olhando para suas fraquezas, ele afirmou ”Posso todas as coisas naquele que me fortalece”, Fp.4:13.

Abraão era fleumático. Todas as qualidades do fleumático estavam presentes na vida do fiel Abraão. Ele era pacífico, prático e bem humorado, Gn.13:8-9; leal, calmo e eficiênte,Gn.14:14-16; cumpridor de seus deveres, Gn.14:20; conservador em seus princípios,Gn.14:22-24. Deus o provou em todas as suas promessas, mas ele permaneceu firme na fé. Dele disse Deus: “Eu o tenho conhecido”, Gn.18:19. Todavia, ele apresentava também os defeitos desse tipo de temperamento. Com o crescimento da sua vida espiritual e submissão a Deus, assumiu suas posições e foi liberto da incredulidade, Hb.11:8-9; do medo, Hb.11:17 e fortalecido na fé, Gn.22:8. Apesar de seu temperamento, o seu direcionamento a Deus, o fez um dos maiores homens que já viveu.

O homem carnal e o cristão imaturo se deixam dominar ou influenciar pelos aspectos negativos dos seus temperamentos. Muitas situações difíceis na Igreja, no lar, e na vida secular, são criadas por desconhecimento de nossas fraquezas e falta de um critério espiritual para tomar nova direção.
Todos devemos saber que não somos perfeitos. Contudo, não nos desanimemos Temos apenas que crescer no amadurecimento em Cristo, Rm.12:1-2; Fp.4:13; Rm.6:11-13.
Todas as pessoas se enquadram em um ou mais temperamentos. À proporção que forem sendo transformados pelo Espírito Santo, os defeitos do seu temperamento serão anulados e suas qualidades aperfeiçoadas.

Deus precisava tanto de Paulo colérico, que teve coragem de chegar diante das autoridades e dizer: “estou falando Daquele Jesus que vocês crucificaram, e que não ficou no túmulo, mas ressuscitou dos mortos”, como precisava do amor e carinho de João o fleumático, que tratava a todos com palavras doces como: “filhinhos... amados”. É importante notar que Deus não mudou o temperamento deles, mas canalizou-os, controlando-os com Seu Espírito, fez deles bênçãos. É isso que Ele quer fazer com você.

IV. Deus quer usá-lo como você é:
. Se você é sanguíneo, use sua habilidade de comunicação para falar do reino de Deus
. Se você é melancólico, use toda sua sensibilidade, habilidade e dedicação ao Reino de Deus.
. Se você é colérico use toda sua audácia, coragem e eficiência, como Paulo, para falar em qualquer tempo e em qualquer lugar, sobre o Jesus crucificado, mas ressurreto.
. Se você é Fleumático, use seu amor sua maneira carinhosa de ser, para mostrar ao mundo que vive no ódio e no desamor, o amor Daquele que deu o Seu único Filho por nós e que nos amou primeiro.
Deus nos fez como somos. Seja o que você é, e apenas canalize para Deus o seu temperamento.
Deus quer tão somente controlá-lo, de maneira tal que tudo em você seja para glória Dele.
Seja um TCE – Temperamento Controlado pelo Espírito

V. CONCLUSÃO
Aspectos Pedagógicos:
Após apresentar brevemente algumas características de cada temperamento vamos salientar alguns pontos sob o prisma da pedagogia ou da educação pois muitas vezes as atitudes com pessoas , adultos ou crianças devem ser diferentes para os diferentes temperamentos.

Estímulo para executar tarefas:
Melancólico – por ser extremamente perfeccionista e teórico o melancólico deve ser monitorado até o fim de uma atividade, devendo ser constantemente estimulado até que vença a fase do pensar e do fazer, necessitando de reforços de aprovação, pois sob o ponto de vista do melancólico suas obras serão sempre imperfeitas. Não gosta de desafios.

Fleumático – por ser introvertido, mas detalhista. O fleumático planeja a melhor forma de executar uma tarefa antes de iniciá-la. Após o início o fleumático irá por conta própria até o fim. Por sua teimosia, muitas vezes, mesmo advertido, segue errado até o fim. Gosta de desafios.

Sanguíneo – supondo que se consiga chamar a atenção do sanguíneo para se explicar sua tarefa, sempre será necessário monitorá-lo para verificar se não se desviou do objetivo. É necessário discipliná-lo para que se concentre em um só objetivo por vez. Não gosta muito de desafios.

Colérico – o colérico tende a primeiro executar para depois pensar como fazê-lo. Para tarefas rápidas que necessitem de iniciativa e determinação o colérico é a pessoa perfeita. Desde que ninguém se coloque a sua frente pois este certamente será atropelado pelo colérico. Gosta de desafios.

Correções:
Melancólico – as correções para o melancólico tendem a reforçar a tendência de sua auto- avaliação negativa, portanto as correções devem sempre ser construtivas e estimulantes. Quando necessária uma bronca deve ser individual e deve-se lembrar que os efeitos de uma repreensão são bastantes duradouros nos melancólicos , pois estes ficam remoendo frase por frase por um longo período.

Fleumático – Por ser individualista a correção do fleumático tem mais efeito quando o coloca diante de um desafio à sua capacidade. Também se pode encorajá-lo a trabalhos em grupo e a expor-se mais para os outros.

Sanguíneo – Muitas vezes um castigo para o sanguíneo o coloca na posição de vítima e com alguma artimanha, como choro e lamentações o mantém como centro das atenções. É mais eficaz colocá-lo na geladeira ( tratá-lo de forma indiferente , isolá-lo ) , ou seja , tirando o sanguíneo do centro das atenções.

Colérico – como o colérico é ávido por desafios, uma repreensão que o leve a pensar que poderia ser melhor do que é, pode colocá-lo diante de uma nova meta de vida. Gritar com um colérico normalmente não é eficaz, pois a disputa verbal o estimula. Já a reação passiva o irrita profundamente.

Concluindo
Como se pode ver todos nós temos características que se encaixam em um ou mais temperamentos. O primeiro passo deve ser identificar o nosso próprio temperamento e quais características em nós podemos melhorar, por exemplo:
. Eu preciso me envolver mais com as pessoas?
. Preciso dar mais espaço para que os outros se desenvolvam?
. Preciso sair um pouco de mim mesmo para compreender mais que está perto de mim?
. Preciso vencer a preguiça que me mantém na inatividade?

Num segundo momento devemos procurar identificar o temperamento dos que estão a nossa volta, minha esposa, meu marido, meus filhos e procurar compreender que aquelas atitudes que às vezes tanto nos irritam são simplesmente reflexos das nossas diferenças de temperamento e que podem ser discutidas e melhoradas sob outro prisma e não mais como provocação, como superioridade etc.. Procure ser o pai ou a mãe de cada filho e não de todos. Conheça a forma com que cada um reage diante das situações. Corrija cada um de maneira particular e ajude-os a serem cada vez melhores.

Os temperamentos são como sabor diferente que Deus colocou em cada um, para que nós não fôssemos um batalhão de pessoas iguais. Com estas diferenças podemos nos completar e sermos mais felizes.